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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica


A quimioprofilaxia, embora não assegure efeito protetor absoluto e prolongado, tem sido adotada como uma medida eficaz na prevenção de casos secundários. Os casos secundários são raros, e geralmente ocorrem nas primeiras 48 horas a partir do primeiro caso.


O risco de doença entre os contatos próximos é maior durante os primeiros dias após o início da doença, o que requer que a quimioprofilaxia seja administrada o mais rápido possível.
Está indicada para os contatos próximos de casos suspeitos de doença meningocócica.
Contatos próximos são os moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilham o mesmo dormitório (em alojamentos, quartéis, entre outros), comunicantes de creches e escolas, e pessoas diretamente expostas às secreções do paciente.
A quimioprofilaxia também está indicada para o paciente no momento da alta ou na internação no mesmo esquema preconizado para os contatos próximos.
Não há recomendação para os profissionais da área de saúde que atenderam o caso de
doença meningocócica, exceto para aqueles que realizaram procedimentos invasivos (in-
tubação orotraqueal, passagem de cateter nasogástrico) sem utilização de equipamento de

Estrutura Química de Rifampicina
proteção individual adequado (EPI).O antibiótico de escolha para a quimioprofilaxia é a rifampicina, que deve ser administrada em dose adequada e simultaneamente a todos os contatos próximos, preferencialmente até 48 horas da exposição à fonte de infecção (doente), considerando o prazo de transmissibilidade e o período de incubação da doença. Alternativamente, outros antibióticos podem ser utilizados para a quimioprofilaxia. A recomendação para o uso preferencial e/ou restrito a rifampicina, além do tratamento da tuberculose no país, visa evitar seleção de cepas resistentes de meningococos.
Em relação às gestantes, esse medicamento tem sido utilizado para quimioprofilaxia, pois não há evidências de que a rifampicina possa apresentar efeitos teratogênicos. A relação risco/benefício do uso de antibióticos pela gestante deverá ser avaliada pelo médico assistente.